Alegação ocorreu durante
depoimento à polícia, em Itaituba/PA.
Sebastião Barbosa Neto será encaminhado a uma penitenciária de Belém.
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| Durante coletiva delegado detalhou sobre o depoimento do suspeito (Foto: Aritana Aguiar/G1) |
Sebastião Barbosa Neto, assassino
confesso da subtenente da Polícia Militar, Silvia Margarida Sousa morta no dia
14 de dezembro, afirmou em depoimento de quase quatro horas à polícia, que o
tiro que matou a policial foi acidental. Os detalhes do depoimento do autor do
crime foram repassados em coletiva a imprensa na manhã desta sexta-feira (18).
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| Sebastião Barbosa Neto confessou o crime (Foto: Reprodução/TV Tapajós) |
Neto está preso na penitenciária
do município de Itaituba. O delegado de Polícia Civil, Jardel Guimarães,
responsável pelo caso, que ouviu o acusado detalhou como foi a confissão. “É
bom fique contundente que a finalidade dele era subtrair a arma de fogo da
policial militar. Ele a abordou dizendo: ‘Perdeu, perdeu’. Segundo ele, não
esperava que a PM reagisse. Ao querer intimidar, ele acionou o cão do revólver.
No momento em que tentou puxar a arma, a policial reagiu colocando a mão na
arma. Segundo ele, a arma teria disparado”. As duas armas ainda não foram
encontradas.
De acordo com o delegado, um
policial quando faz abordagem com a arma de fogo, o dedo fica fora do gatilho,
já os assaltantes agem de forma contrária.
A coletiva contou com a presença
do diretor da 16ª Seccional de Polícia Civil, delegado Nelson Silva, o
comandante do 3ºBPM, tenente-coronel André Carlos e o corregedor da PM,
capitão Joseldo Ferreira.
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| Local onde a PM foi morta com um tiro na cabeça (Foto: Andressa Azevedo/G1) |
Mesmo alegando tiro acidental, Neto
irá responder pelo crime de latrocínio. “Mesmo que a arma tenha disparado, ele
assumiu o risco de produzir o evento morte. Ao ver o que tinha cometido e a
consequência era imensurável, ele levou a arma de fogo”, afirmou Guimarães.
Ainda no depoimento, o
assassino confesso foi para casa onde estava a esposa e o comparsa do assalto
que cometeu antes do homicídio, e por telefone pediu a outra pessoa que fosse a
casa dele e o ajudasse a fugir.
De acordo com o delegado, no
interrogatório o acusado revelou que essa pessoa o ajudou a fugir até as
proximidades da barreira da Polícia Rodoviária Federal de Santarém, onde
conseguiu carona. “Ele pegou carona até o km 55. No local pegou um ônibus que
faz linha para Itaituba, ficando no km145, onde tem um estabelecimento
comercial. Conseguimos capturar imagens estando ele, a esposa e o comparsa.
Aguardaram outro ônibus para irem a Rurópolis”.
Durante a fuga para Rurópolis, o
motorista do ônibus ficou desconfiado de atitudes do suspeito que fazia
perguntas constantes e não sabia o nome da cidade para onde ia, segundo
Guimarães. Neto ficou em um posto de gasolina, e o motorista ao ver uma
barreira policial comunicou a desconfiança.
No momento da prisão, ainda no
mesmo dia do crime pela tarde, Neto estava sozinho portando 1,4 kg de maconha.
“A polícia está investigando todas as pessoas que podem ter envolvimento direto
e indireto”, garantiu o delegado. Neto veio ao município com intenção de
realizar diversos roubos.
A motocicleta usada no dia do
crime já foi localizada e apreendida.
Transferência
A polícia não divulgará o dia em que Neto será transferido para uma penitenciária da Região Metropolitana de Belém, com intenção de evitar interferências na investigação.
Relembre o caso
Na manhã do dia 14 de dezembro a subtenente da PM, Silvia Margarida foi assassinada com um tiro na cabeça, na Avenida Plácido de Castro, no bairro Caranazal, quando ela ia para casa da mãe para tomar café.



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